Conto bolivariano: Chile, Bolívia, Colômbia, El Salvador e Argentina: na América Latina, sempre há espaço para piorar, por Leonardo Coutinho/Gazeta do Povo

 

 

O Chile rodava redondo. Redondinho. Era um país cheio de bons exemplos para o continente. Mas uma parcela dos chilenos não estava feliz. Caiu no conto bolivariano, que dizia que o país bem-resolvido da região estava de mal a pior. Então, resolveu revolucionar. Em 2019, foram para as ruas e promoveram uma quebradeira sem precedentes. Sem identidade, sustentação e coragem, o governo de turno ficou engolfado. Aquele país-modelo, que todos invejavam na América Latina, caiu na armadilha e ficou com vergonha da sua imagem diante do espelho. Acreditou que era feio e resolveu mudar.

Nos últimos quatros anos, o governo do Chile tentou emplacar uma nova Constituição – que foi redigida, mas rechaçada em um referendo popular – e tem marchado a passos largos rumo ao populismo de esquerda, embora seu presidente, Gabriel Boric, tenha demonstrado ter mais juízo que a maioria de seus pares esquerdistas da região. Talvez, por isso, Boric esteja sob fogo amigo.

A arma escolhida é a migração irregular.

Assim como os cartéis mexicanos, as maras centro-americanas e o regime de Nicolás Maduro estimulam, financiam e instrumentalizam movimentos massivos de imigrantes com o objetivo de gerar instabilidade na vizinhança. Principalmente na fronteira sul dos Estados Unidos, os bolivarianos utilizam o sofrimento e o desespero de suas próprias vítimas contra os inimigos.

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