Os escândalos e a desconfiança que acabaram com o Credit Suisse após 166 anos/Boomberg Linea

 

 

Após um fim de semana de tensas e frenéticas negociações, o UBS (UBS) concordou em comprar o seu rival por cerca de US$ 3,25 bilhões, menos do que o valor de mercado do atribulado banco norte-americano First Republic.

A venda intermediada pelo governo suíço marca o fim da queda do banco, que se tornou vítima de uma crise de confiança que ameaçou se espalhar para os mercados financeiros globais.

Durante 166 anos, o Credit Suisse ajudou a posicionar a Suíça como um centro de finanças internacionais e se comparou a titãs de Wall Street antes de uma sucessão de escândalos, problemas legais e de gestão que minaram a confiança dos investidores. Embora o declínio tenha durado anos, o fim não tardou a chegar.

No Brasil, o Credit Suisse se consolidou como um dos principais bancos de investimento do mercado, com forte atuação em private banking, gestão de patrimônio e de ativos, especialmente depois da compra do Banco Garantia, de Jorge Paulo Lemann, Claudio Haddad, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, em 1998, por mais de US$ 1 bilhão. Na época, ainda era Credit Suisse First Boston.

Outro passo importante para os negócios no país foi a compra da tradicional gestora Hedging-Griffo, que tinha Luis Stuhlberger e outros nomes experientes, em 2006 por cerca de US$ 300 milhões.

Em 2014, um acordo entre Luis Stuhlberger e o Credit Suisse levou à cisão da área de parte da área de gestão de ativos para a criação da Verde Asset, da qual o banco se tornou acionista. Essa participação estava à venda, segundo fontes, com a crise mais aprofundada do banco.

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