Do campo à lata, como uma startup de vinho quer atrair a geração Z, por Vera Ondei/Forbes

 

 

Vila Jansen é o nome de uma localidade pouco usual para se referir ao mundo dos vinhos gaúchos, mais ligados a denominações como Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Garibaldi, entre outras. Mas é lá, em Jansen, um pequeno distrito de Farroupilha, na região da Serra Gaúcha, que está a quase centenária Cooperativa Vinícola São João, de 1931, com seus 480 cooperados responsáveis por atrair a geração Z para a bebida não engarrafada, mas servida em latinhas. Na outra ponta dessa cadeia produtiva, para entregá-las ao mercado, está a Lovin Wine, uma startup também gaúcha, com sede em Porto Alegre, que nasceu em 2020 por meio do modelo DNVB (Digitally Native Vertical Brand), que significa marcas verticais digitalmente nativas.

“Somos uma cooperativa e recebemos 25 milhões de quilos de uvas, de uma área aproximada de 1.100 hectares dos nossos associados”, diz Valderiz Possa, viticultor e presidente da cooperativa. “Temos as parcerias com as empresas como fundamental para a cooperativa. Hoje, atendemos 120 parceiros e nossas uvas vêm somente dos associados da cooperativa.”

Com os vinhedos garantidos, a parte que cabe à Lovin Wine é seduzir uma geração inteira, a Z, os nascidos entre 1995 e 2009, hoje boa parte nos seus 20 e poucos anos, para que abram uma lata de vinho, assim como fazem com cervejas, refrigerantes e sucos. Mas não são somente eles que poderiam aderir à prática embalagem de metal. No Brasil, 51 milhões de pessoas (36% da população) bebem vinho ao menos uma vez por mês, mostra um estudo da consultoria inglesa Wine Intelligence, realizado em 2021. Em 2010, a pesquisa da consultoria inglesa mostrava 22 milhões. De acordo com a Ideal Consulting, no ano passado, os brasileiros consumiram 438,8 milhões de litros de vinhos, entre nacionais e importados.

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