Totalitarismo: um comparativo entre Stálin, Hoxha, Mao Tsé-Tung e Che Guevara, por Ivan Almeida

 

 

Um pequeno comparativo entre Stálin, Hoxha, Mao Tsé-Tung e Che Guevara para não esquecermos e em alguns casos, relembrar.

Stálin, Hoxha, Mao Tsé-Tung e Che Guevara, esses quatro “líderes” foram figuras proeminentes no movimento comunista internacional durante o século XX. Todos eles tiveram papéis importantes na história de seus respectivos países e também na história mundial.

Stálin, Hoxha, Mao Tsé-Tung e Che Guevara compartilharam uma visão de mundo comunista, mas cada um deles aplicou essa visão de maneiras diferentes em seus países. Stalin liderou a União Soviética por quase três décadas, durante as quais ele estabeleceu um regime autoritário e centralizado, que enfatizava a industrialização acelerada e a coletivização da agricultura. Seu regime foi marcado por expurgos políticos e repressão violenta contra oposicionistas.

Hoxha liderou a Albânia de 1944 até sua morte em 1985. Ele também estabeleceu um regime autoritário, enfatizando a construção do socialismo em um país isolado do resto do mundo. Hoxha foi especialmente crítico em relação a Stalin e Khrushchev, e se alinhou com a China de Mao na disputa sino-soviética, embora também tenha se distanciado de Mao mais tarde.

Mao Tsé-Tung liderou a China comunista de 1949 até sua morte em 1976. Ele estabeleceu um regime que enfatizava a igualdade social e econômica, com grande importância dada à revolução cultural e à luta constante contra “inimigos do povo”. O regime de Mao foi responsável por inúmeras mortes e sofrimento humano, especialmente durante a Revolução Cultural.

Che Guevara, por outro lado, foi um líder revolucionário na América Latina, tendo lutado ao lado de Fidel Castro na revolução cubana em 1959. Ele era um defensor apaixonado do socialismo, do anti-imperialismo e da solidariedade internacional. Após a revolução cubana, Che Guevara desempenhou papéis importantes em várias outras revoluções na América Latina, embora ele tenha sido capturado e morto na Bolívia em 1967.

Os crimes cometidos por Hitler, Stalin, Hoxha, Mao Tsé-Tung e Che Guevara foram de extrema gravidade e tiveram consequências devastadoras para milhões de pessoas.

Adolf Hitler liderou a Alemanha nazista de 1933 a 1945 e foi responsável por uma série de crimes horríveis. Durante a Segunda Guerra Mundial, o regime nazista de Hitler implementou uma política de genocídio contra os judeus e outras minorias étnicas, conhecida como Holocausto. Seis milhões de judeus foram mortos em campos de extermínio nazistas, juntamente com milhões de outros indivíduos que foram considerados “indesejáveis” pelo regime, como ciganos, homossexuais, deficientes físicos e mentais, entre outros.

Além do Holocausto, o regime de Hitler foi responsável pela morte de milhões de pessoas durante a guerra, tanto civis quanto militares. O regime também implementou políticas de eugenia que levaram à esterilização e assassinato de pessoas consideradas “inferiores”.

Josef Stalin foi o líder da União Soviética de 1922 a 1953. Durante seu governo, ele implementou políticas que levaram à morte de milhões de pessoas. Entre 1936 e 1938, Stalin conduziu as chamadas “Grandes Purges”, durante as quais milhões de pessoas foram presas, exiladas ou executadas por razões políticas. As purgas também levaram à morte de grande parte da elite militar soviética, o que teve consequências desastrosas para a União Soviética na Segunda Guerra Mundial.

O regime de Stalin foi responsável por políticas econômicas fracassadas, que levaram a fomes massivas, especialmente na Ucrânia. Em 1932 e 1933, a fome na Ucrânia, conhecida como Holodomor, levou à morte de milhões de pessoas.

Enver Hoxha liderou a Albânia de 1944 até sua morte em 1985. Ele implementou políticas de governo totalitário, que resultaram na perseguição de qualquer pessoa considerada um “inimigo do povo”. Muitos albaneses foram presos, torturados ou executados por razões políticas durante seu governo.

O regime de Hoxha foi marcado por políticas econômicas fracassadas e pobreza generalizada. Além disso, ele manteve a Albânia isolada do mundo exterior, o que levou à estagnação econômica e cultural.

Mao Tsé-Tung foi o líder da China de 1949 até sua morte em 1976. Durante a Revolução Cultural, um período de intensa perseguição política, repressão e violência contra aqueles considerados “inimigos do povo”, milhões de pessoas foram presas, torturadas ou executadas. A Revolução Cultural também levou à morte de milhões de pessoas e deixou cicatrizes profundas na sociedade chinesa.

Che Guevara foi um revolucionário latino-americano que lutou ao lado de Fidel Castro na Revolução Cubana. Embora tenha lutado por uma causa nobre, ele também esteve envolvido em execuções sumárias e violações dos direitos humanos durante suas campanhas revolucionárias em Cuba e na Bolívia.

Stálin, Hoxha, Mao Tsé-Tung e Che Guevara, todos esses líderes governaram em regimes totalitários, embora tenham tido abordagens diferentes para governar seus países. O totalitarismo é um sistema político em que o Estado exerce controle total sobre a vida dos cidadãos, incluindo sua vida privada, política, econômica e cultural. Os governos desses líderes eram caracterizados por um forte controle estatal, repressão política, violência e perseguição contra opositores políticos, censura da mídia e uma ideologia oficial imposta ao povo. Os governos totalitários são geralmente associados à ausência de liberdades civis e políticas, repressão de minorias e culturas não dominantes, e restrições à liberdade de expressão e imprensa.

É difícil estimar com precisão o número de mortes atribuídas a esses “líderes”, pois as estimativas variam bastante e há controvérsias sobre o assunto. No entanto, podemos fornecer algumas estimativas gerais com base em estudos e pesquisas realizados por historiadores e especialistas em cada um desses líderes:

Josef Stalin: As estimativas sobre o número de mortes atribuídas a Stalin variam amplamente, mas a maioria dos especialistas concorda que foram milhões. Alguns estimam que entre 10 e 20 milhões de pessoas morreram como resultado das políticas de Stalin, incluindo a fome na Ucrânia, as purgas e os campos de trabalho forçado.

Enver Hoxha: Estima-se que as políticas de Hoxha tenham causado a morte de cerca de 25 mil pessoas, incluindo opositores políticos, dissidentes e prisioneiros políticos.

Mao Tsé-Tung: Estima-se que as políticas de Mao tenham causado a morte de pelo menos 45 milhões de pessoas, incluindo as vítimas da Grande Fome na China, durante a qual milhões de pessoas morreram de fome, e a Revolução Cultural, durante a qual houve execuções em massa, perseguição e repressão política.

Che Guevara: Embora não tenha governado nenhum país, Che Guevara esteve envolvido em campanhas revolucionárias em Cuba e na Bolívia, durante as quais foram registradas execuções sumárias e violações dos direitos humanos. Estima-se que cerca de 3 mil pessoas tenham sido executadas em Cuba após a Revolução, embora nem todas essas execuções possam ser diretamente atribuídas a Guevara.

Vale ressaltar que essas estimativas são baseadas em estudos e pesquisas e não são números definitivos. No entanto, é claro que todos esses líderes foram responsáveis por um grande número de mortes, resultantes de políticas repressivas e violentas.

Em resumo, os crimes cometidos por esses líderes foram de extrema gravidade e tiveram consequências devastadoras para milhões de pessoas. Suas ações devem ser lembradas como exemplos dos perigos do autoritarismo, da repressão política e da violação dos direitos humanos.

Os perigos do autoritarismo, da repressão política e da violação dos direitos humanos são muitos e variados, e afetam não apenas as pessoas que são diretamente alvo dessas práticas, mas também a sociedade como um todo. Alguns dos principais perigos incluem:

  1. Perda de liberdade: Em regimes autoritários, as pessoas são frequentemente privadas de suas liberdades civis e políticas, incluindo a liberdade de expressão, de reunião, de associação e de imprensa. Isso pode levar a uma sociedade onde a opinião dissidente é suprimida e a única opinião que prevalece é a do governo.
  2. Repressão política: Em regimes autoritários, a repressão política é comum e pode ser direcionada a grupos minoritários, dissidentes, ativistas políticos e outros que se opõem ao governo. Isso pode levar à detenção arbitrária, tortura, execuções extrajudiciais e outras violações dos direitos humanos.
  3. Corrupção: A falta de transparência e responsabilidade em regimes autoritários pode levar à corrupção generalizada, onde os funcionários do governo abusam de seu poder para obter benefícios pessoais. Isso pode levar à má gestão dos recursos públicos, falta de investimento em serviços básicos, como saúde e educação, e desigualdades sociais.
  4. Conflito e instabilidade: Regimes autoritários podem levar a conflitos internos, divisões sociais e instabilidade política. Isso pode levar à violência, guerra civil e deslocamento de populações, afetando a vida de milhões de pessoas.
  5. Retrocesso social: O autoritarismo muitas vezes leva a um retrocesso nas conquistas sociais, incluindo direitos civis e políticos, igualdade de gênero, liberdade religiosa e outros direitos humanos fundamentais. Isso pode afetar negativamente o desenvolvimento social, econômico e político de um país.

E aqui me repito: os perigos do autoritarismo, da repressão política e da violação dos direitos humanos são muitos e podem afetar profundamente a vida das pessoas e o desenvolvimento de uma sociedade. É importante que as pessoas defendam seus direitos e lutem pela democracia, transparência e responsabilidade no governo.

Ivan Almeida, PHD História Política Universal